Quem curte MMORPGs free-to-play sabe que dá para explorar mundos gigantes e viver aventuras sem gastar nada. Mas para manter o jogo no ar, precisa rolar uma monetização. Algumas formas são tranquilas, outras podem parecer meio forçadas. Vamos conferir as principais estratégias e exemplos de cada uma.
Cosméticos
A forma mais popular e aceita são os cosméticos. Eles não mudam a jogabilidade, só deixam seu personagem com a sua cara. Guild Wars 2, por exemplo, oferece roupas, tinturas, planadores e montarias pelo câmbio do premium Gems. Seu personagem não fica mais forte, mas o visual fica outro nível! É essa a troca.
Compras de Conveniência e Qualidade de Vida
Tem também os itens que economizam tempo, tipo slots extras de inventário e pergaminhos de teleporte. Isso evita que você precise voltar para a cidade para vender ou guardar itens, ou perder tempo andando. AdventureQuest 3D vende esse tipo de coisa. A linha entre praticidade e pay-to-win pode ficar tênue, principalmente com boosts de experiência. Esse tipo de benefício agrada quem tem pouco tempo, mas às vezes gera conflito entre quem joga bastante e quem paga.
Battle Passes e Progressão Sazonal
O modelo do battle pass, popularizado por jogos como Fortnite, chegou também aos MMORPGs free-to-play. Throne and Liberty tem sistemas sazonais com missões diárias ou semanais que dão cosméticos, boosts ou premium currency. Tem versão paga com recompensas ainda melhores. Essa régua de recompensas incentiva jogar todo dia, mas pode causar aquela sensação de FOMO (medo de ficar de fora), especialmente para quem não consegue estar online sempre.
Assinaturas Híbridas
Alguns jogos ficam entre o free-to-play e a assinatura tradicional. RuneScape, por exemplo, bloqueia muito conteúdo atrás da assinatura paga. Com esse modelo híbrido, os novatos entram de boa, mas o público fiel contribui financeiramente. A assinatura não parece um bloqueio, mas um compromisso com um mundo que fica sempre vivo.
Loot Boxes e Recompensas Aleatórias
O formato mais polêmico são as loot boxes. Star Wars: The Old Republic usou e abusou delas com os Cartel Packs, que traziam cosméticos e montarias raras aleatórias. O problema é que lembram apostas, porque você paga sem saber o que vai ganhar. Em várias partes da Europa, por exemplo, já tem regras que obrigam salgadores a mostrar as chances ou mudar totalmente o sistema. Por isso, muitos MMOs hoje preferem vender cosméticos direto ou usar battle passes.
Moedas Premium e Sistemas de Câmbio
Quase todo free-to-play tem pelo menos uma moeda premium. Essas moedas criam uma barreira entre o dinheiro real e o valor no jogo, facilitando a gastança. Lost Ark vai além com sistemas que permitem trocar dinheiro real por ouro do jogo. Na teoria, dá acesso a itens pagos sem gastar direto, mas na prática causa inflação e pode desbalancear a economia do jogo. Os devs ficam sempre na bronca para equilibrar isso, já que o dinheiro real pode acelerar o progresso indiretamente.
Conclusão
Quer você curta ou não, a monetização é parte vital dos MMORPGs free-to-play para eles continuarem vivos. Às vezes só rola por cosméticos e conveniência, outras vezes a água pode bater no pescoço com métodos pay-to-win agressivos. Mas free-to-play não precisa explorar quem joga para dar certo. Com o gênero evoluindo, os devs têm que achar o equilíbrio entre ganhar dinheiro e respeitar o público. O gasto tem que somar à diversão, não ser o que manda no jogo. Quando feito certo, a monetização garante que esses mundos virtuais durem anos sem perder o espírito do “grátis”.
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