Trilogia Ankama: Dofus, Wakfu e Waven
A gente precisa falar da Ankama Studio e dos seus MMORPGs turn-based: Dofus, Wakfu e Waven. São jogos gratuitos, cheios de charme e profundidade, mas que nunca explodiram no mercado mainstream.
Dofus: O começo de tudo
Lançado em 2004, Dofus foi todo feito em Flash, trazendo um sistema de combate por turnos parecido com Final Fantasy Tactics. O destaque era a jogabilidade estratégica em grid, algo pouco comum em MMOs na época. O visual 2D colorido, com arte que parecia pintada à mão, e o humor diferentão, chamavam a atenção. A progressão do jogo girava em torno da coleta dos ovos de dragão mágicos, que davam metas a longo prazo além do nivelamento. Teve sucesso principalmente na França e partes da América do Sul, mas não chegou a conquistar o mundo.
Wakfu: Expansão e inovação
Wakfu, lançado em 2012, ampliou tudo o que Dofus tinha. O combate tático ficou mais refinado, o sistema político e ecológico ganhou profundidade, e a comunidade virou parte viva do jogo, podendo disputar cargos, definir impostos, impactar o ambiente e até replantar florestas ou caçar espécies. O visual evoluiu com animações mais fluidas e personagens mais expressivos. A trilha sonora é top, e ainda teve a série animada de Wakfu.
Waven: Modernizando a fórmula
Em 2024, Waven chegou para atualizar a fórmula, mantendo a essência. O jogo troca o pixel isométrico por cel shading 3D vibrante e traz um combate tático mais rápido e simplificado. Agora você cria um herói customizado com feitiços e acompanhantes, dispensando o controle de grupo. É por turnos, mas pensado para sessões rápidas. O game é cross-platform, rodando em mobile, PC e navegador, com progresso sincronizado.
Por que esses jogos ainda são nicho?
Apesar de toda qualidade, essa galera ainda é de nicho. Quase todo fã do gênero conhece Dofus, talvez Wakfu, e quase ninguém sabe de Waven. A maior base é na França e na América Latina, por conta do marketing local e suporte de idioma. O público ocidental prefere combate em ação, visuais realistas e histórias cinematográficas. O visual cartunesco até rola, mas o combate por turnos afasta muita gente. Isso é uma pena, porque humor, progressão clássica e estratégia fazem tudo ser um prato cheio pro pessoal que curte coisas como Old School RuneScape.
Vale a pena jogar: estratégia, humor e arte que abraça
Quem testa Dofus, Wakfu ou Waven pode se surpreender. O humor é estranho, mas cativa. O combate premia estratégia, não reflexo. A arte é quente e vibrante. Tudo passa a sensação de algo feito à mão, e os três jogos compartilham lore para quem quiser se aprofundar.
Aí fica o meu palpite: esses MMORPGs merecem reconhecimento. São jogos free-to-play com muita personalidade. Pode até ser tarde pra Dofus e Wakfu, mas quem sabe Waven cresça agora, ou a Ankama esteja pra lançar uma continuação que coloque essa trilogia no holofote.
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