Brighter Shores chegou com tudo e muita expectativa. Esse MMORPG free-to-play marcou o retorno do Andrew Gower ao cenário gamer, depois de sua saída da Jagex e deixar para trás o RuneScape. Já era o suficiente para a galera querer testar o título. Ele prometia um clima aconchegante, focado nas profissões primeiro, com combate leve, visuais coloridos e aquele toque especial que lembrava o RuneScape, algo que a comunidade adora especialmente no Old School RuneScape.
O acesso antecipado começou em 6 de novembro de 2024 e a curiosidade foi imediata. No fim de semana de lançamento, o SteamCharts mostrou pico de mais de 17 mil jogadores simultâneos, e o SteamDB indicou até 20 mil. Números impressionantes para um MMO indie pequeno. O primeiro mês cheio teve média de quase 8 mil players online, mostrando que o Brighter Shores poderia crescer e ganhar seu espaço.
Queda brusca e abandono do público
Mas aí veio a queda. Em dezembro de 2024, a média despencou para cerca de 2.200 jogadores. Janeiro de 2025 registrou pouco mais de mil. Cada mês depois foi diminuindo ainda mais, até ficar em média 250 players simultâneos menos de um ano depois, com pico de 400 no período de 30 dias. Isso representa uma queda de 97% desde o primeiro mês.
A avaliação dos jogadores reflete essa situação. O Brighter Shores tem 69% de avaliações “mistas” positivas em mais de 8 mil reviews, mas nos últimos tempos, essa nota caiu para 55%, ainda “mista”. Os players não odeiam o jogo, acham jogável, mas não empolga. Não tem aquele motivo para eles voltarem todo dia, e isso é pior que só ser ruim no mundo dos MMOs.
O que faltou em Brighter Shores?
O contraste perfeito é o Old School RuneScape. Em 2025, o OSRS bateu recorde com mais de 240 mil players simultâneos, mesmo depois de 20 anos de lançamento. Por que? Porque ele sabe exatamente o que é: grind pesado, nostalgia e entrega isso sem pedir desculpas. A galera sabe bem o que esperar.
Já o Brighter Shores ficou meio perdido. O jogador hardcore achou o combate raso, com pouca importância, e as profissões sem profundidade de verdade. Já o casual, que poderia curtir um MMO tranquilo, se perdeu em uma interface estranha e progressão confusa. No fim, não agradou nem um nem outro. O game até pareceu bom e jogável, mas não mordeu o suficiente para viciar.
Respostas dos desenvolvedores e o que ficou de legado
O estúdio Fen Research tentou ouvir os feedbacks, lançou patches para melhorar qualidade de vida, corrigir bugs e mudou sistemas centrais. Um exemplo foi trocar a profissão Gatherer pela Botanist, mostrando disposição para remodelar coisas grandes. Mas isso também mostrou que o jogo saiu com a base ainda incompleta. Em vez de criar conteúdo em cima do que já estava sólido, a equipe precisava mexer no básico, o que não ajudou a recuperar players ou atrair novos.
Em meados de 2025, a hype desapareceu. A mídia parou de cobrir Brighter Shores, vídeos e streams sumiram e a movimentação da comunidade quase não existe mais. Ainda há alguns jogadores fiéis, mas eles não são suficientes para manter um MMO vivo e vibrante. O jogo segue no ar, com servidores ligados e atualizações, mas está em modo manutenção, com poucas centenas de players online, o que não é nada animador.
Futuro incerto
O jogo começou magnífico com promessa, mas sem identidade forte, o gameplay não engatou, levando à queda definitiva de jogadores, de 17 mil para poucas centenas em menos de um ano.
Para se recuperar, Brighter Shores precisaria de mais que ajustes pontuais. Precisaria de uma reinvenção no estilo Final Fantasy XIV “A Realm Reborn”, uma reformulação completa que dê nova cara e motivo para a galera voltar a jogar. No momento, não falta polimento, falta um gancho forte que faça a comunidade querer logar todo dia.
Até que isso aconteça, Brighter Shores segue com hype zerada e mais perto da UTI antes de completar seu primeiro aniversário.
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