Visual incrível, mas experiência travada pela história
Blue Protocol: Star Resonance é um MMORPG free-to-play com um visual que explode estilo anime e personagens coloridos, dignos de um RPG de peso. O mundo é lindo, a arte é coesa e a jogabilidade sólida. Só que, mesmo assim, o jogo não empolga — e o culpado é o enredo, os diálogos e as cutscenes, que não elevam nada, só arrastam a experiência pra baixo.
O MMO que esqueceu a parte “MMO”
O jogo aposta pesado no lado “RPG” e esquece o que faz um “MMO” ser especial: a participação ativa dos jogadores. A jogatina é constantemente interrompida por cutscenes longas e diálogos genéricos, que não podem ser pulados. No lugar de uma aventura fluida, temos uma rotina de para e anda, com exposições obrigatórias que quebram o ritmo.
Reclamações dos jogadores e a frustração geral
Desde o lançamento, jogadores reclamam que não é bug ou monetização — é que o jogo simplesmente não deixa jogar. Quase toda missão, mesmo as pequenas, puxa uma cinemática obrigatória. Os personagens falam “com você”, mas parecem traduzidos várias vezes antes de chegar ao português, tornando o papo maçante. Parece que você tá jogando “Anime: The Video Game”. Visual lindo, narrativa chata.
Cutscenes só como enchimento
A maioria dessas cenas existe só pra preencher tempo entre exploração e combate, sem emoção ou significado real. Muitos já ficam apertando ESC pra pular no primeiro diálogo.
O que salva Blue Protocol: Star Resonance
Por baixo de tudo isso, Blue Protocol: Star Resonance é um jogo bom. O sistema de combate é rápido e dinâmico, as classes têm personalidade e as habilidades de vida dão uma pausa relaxante na briga. Mas os cortes constantes — necessários pra evoluir, já que a história rende a maioria da EXP — fazem parecer que você está lutando contra o próprio jogo. Você luta, quer ação, mas logo é puxado pra um diálogo lento. O ritmo não tem chance de respirar.
Trailer oficial
A tendência ruim nos MMOs atuais
Esse problema não é só de Blue Protocol: Star Resonance. Vários MMOs andam focando demais em histórias cinematográficas, o que desanima quem gosta do que realmente importa: a comunidade e as interações espontâneas. As melhores lembranças desses jogos vêm do inesperado, do convívio entre jogadores, não de diálogos decorados. Quando você entra no MMO, quer explorar e lutar junto, não ouvir palestras sobre lore que ninguém vai lembrar.
O erro da narrativa polida e o que era pra ser
Blue Protocol: Star Resonance confunde brilho com ritmo. Acha que apresentação caprichada é sinônimo de imersão, mas o que prende mesmo é jogo fluido, onde você atua em vez de só assistir. O pessoal não quer só ouvir a história, quer vivê-la.
O mais triste é que o original Blue Protocol prometia uma aventura focada em trabalho em equipe e descoberta. Na prática, Star Resonance parece estar seguindo a fórmula de jogo mobile, explicando demais tarefas simples e esticando cada instante.
Vale a pena? O jogo por trás dos obstáculos
Tem um bom game aqui, escondido no meio de muita enrolação. Quando dá pra jogar de verdade — deslizando por campos abertos e chamando habilidades na batalha — Blue Protocol: Star Resonance mostra sua força. O problema é atravessar o oceano de cenas chatas pra chegar lá.
Impacto na base de jogadores
Com tanta conversa e cutscenes obrigatórias, o jogo está perdendo bastante gente. Eu mesmo teria parado, se não soubesse que o gameplay vale a pena. Blue Protocol: Star Resonance tinha tudo pra ser um anime MMO rápido, focado em cooperação e lutas. Só que ele trava o próprio ritmo ao parar toda hora pra mostrar algo que ninguém pediu.
