Você sabia que existe um spin-off mobile de Destiny? Pouca gente sabe, porque ele ainda não recebeu tanta atenção. Desenvolvido pela NetEase com licença da Bungie, Destiny: Rising foi lançado globalmente em 28 de agosto para iOS e Android. É um looter-shooter gratuito, no estilo de Destiny 2, mas com pegada de mecânicas gacha.
Gameplay e personagens
Destiny: Rising se passa numa linha do tempo alternativa antes dos eventos do Destiny original. Em vez das classes clássicas Hunter, Warlock e Titan, o jogo apresenta os “Lightbearers”, personagens colecionáveis com habilidades e armas únicas. Você pode jogar tanto na visão em primeira quanto em terceira pessoa, o que fica a seu critério.
O controle padrão é por touchscreen, mas o game tem suporte total a controle físico de videogame. Além disso, a NetEase oferece emulação para PC via MuMuPlayer, e outros emuladores como BlueStacks também funcionam.
Qualidade técnica e conteúdo
Quem já jogou elogia muito como o jogo captura o feeling dos principais games Destiny no mobile. O gunplay é suave, responsivo e próximo da qualidade das versões para console e PC. As habilidades se integram bem ao combate, a mira é precisa, e as batalhas têm impacto e peso, algo difícil de reproduzir em smartphones. Um baita feito técnico.
O jogo chegou cheio de conteúdo: missões de história, modos cooperativos, atividades paralelas e um sistema profundo de evolução dos personagens.
Aspectos negativos: narrativa e monetização
Mas a recepção não foi tão positiva assim. A principal crítica é a narrativa: enquanto Destiny é conhecido por seu lore rico e mundo envolvente, Destiny: Rising não acompanha. A história é vista como sem graça, diálogos sem inspiração e dublagem sem energia. Os Lightbearers, personagens centrais, têm personalidades diluídas e um tanto sem graça.
A monetização é outro ponto delicado. Destiny: Rising usa um sistema gacha para conseguir Lightbearers, o que pode incomodar fãs que não estejam acostumados a esse modelo. No começo, o game oferece pulls grátis e recompensas que parecem generosas, mas com o tempo essa generosidade desaparece. Algumas armas e upgrades estão presos a personagens específicos, o que configura um potencial “pay-to-win”.
Duração e repetição
Outra crítica é a longevidade: após as missões principais, o jogador fica preso a missões diárias, strikes e grind para recursos. Isso lembra Destiny 2, mas sem tanta variedade ou profundidade. Para fãs hardcore, pode até funcionar, para novatos pode ser cansativo. Além disso, bugs, problemas visuais e de interface foram relatados, e precisam de correção em futuras atualizações.
Vale a pena?
Apesar dos pesares, Destiny: Rising é um mobile surpreendente, que entrega uma boa aventura no universo Destiny. O gunplay é polido, e o elenco de Lightbearers é diversificado, oferecendo espaço para experimentar. O lançamento já traz conteúdo suficiente para horas a fio.
Porém, o futuro do jogo é incerto. Para se consolidar, precisa melhorar a narrativa, a monetização e criar atividades variadas para segurar o público.
Recomendo Destiny: Rising para os fãs hardcore de Destiny, que provavelmente vão ignorar os defeitos do gacha e da história para curtir o universo que amam. Já o público geral deve pensar duas vezes. Tomara que eu esteja errado.
