Jogo MapleStory desde a adolescência, e lá atrás, a experiência era bem diferente. O clássico MMORPG free-to-play da Nexon tinha um ritmo mais lento na evolução, mapas de treino pequenos e uma vibe comunitária que fazia o mundo parecer vivo. MapleStory foi sempre um dos meus jogos favoritos, igual Pokémon, com um lugar especial na minha trajetória gamer.
Com o passar do tempo, minha relação com Maple mudou. Como muitos, acabei me afastando, cansado dos sistemas, eventos e janelas pop-up que só se acumulavam. Logar virou mais um desafio do que uma diversão. As dailies viraram obrigação e se você falhava em algum dia, era aquele frio na barriga de FOMO. Queria jogar casualmente, mas parecia que estava sendo punido por não acompanhar tudo. Acabei desistindo, achando que talvez MapleStory fosse coisa do passado pra mim.
Recentemente resolvi dar mais uma chance. Até então, só jogava no MapleStory Classic via MapleStory Worlds. E para minha surpresa? A diversão voltou!
A essência que conquista
Por trás de todo aquele monte de coisa que aparece na tela, a jogabilidade base continua viciante. O combate é rápido, cheio de efeitos e satisfatório, tanto para matar mobs quanto para encarar chefes. Levelar ainda dá aquele pico de adrenalina, e a variedade enorme de classes garante sempre algo novo para explorar. Depois de tanto tempo, percebi que MapleStory mantém seu brilho único.
O barulho que atrapalha
Claro, o jogo ainda tenta te bombardear com notificações de eventos e listas diárias. Mas se você conseguir ignorar esse ruído, a magia que faz MapleStory especial aparece. Passar pelos mapas conhecidos, ouvir a música nostálgica e se perder no grind me lembrou porque adoro esse jogo.
Agora, as dailies são a maior chatice – não parecem opcionais, mas sim obrigação. E quando um jogo te faz sentir que você precisa logar todo dia só para não ficar para trás, deixa de ser hobby e vira trabalho.
Já as quests semanais são outra história: são legais, flexíveis e dá para fazer no seu ritmo. Essa liberdade deixa o jogo menos pesado e mais amigável para quem joga casualmente, como eu. Se MapleStory focasse mais nisso, seria melhor.
(Sério, cadê o mundo onde as dailies são substituídas por semanais? Sonho!)
E tem aquele excesso de eventos, promoções e pop-ups que pipocam assim que você entra no jogo. É demais. “Participa desse evento, pega essa moeda, resgata essa recompensa” – nunca para. E como as recompensas são boas, você se sente meio pressionado a participar.
Mas, tirando esse excesso, o coração de MapleStory ainda bate forte. Por isso estou curtindo o jogo de novo, apesar de toda a bagunça.
Por que voltei a jogar
Decidi revisitar MapleStory esperando o Classic World. No começo, não queria tocar no MapleStory moderno de jeito nenhum. Agora, acho que vou continuar jogando o GMS enquanto espero. Um ano atrás eu diria que não, que estava ruim demais. Mas voltei e vi que ainda tem muita diversão. Talvez tenha aprendido a ignorar as distrações e focar no que gosto, então já não desprezo mais o jogo.
MapleStory sempre teve um peso estranho pra mim. Não importa quantas vezes me afaste, sempre volto e encontro algo para amar. Dessa vez foi a pura alegria da gameplay – o grind, a música e a sensação de progresso.
Não é perfeito, claro. Tem bastante coisa para melhorar, principalmente as dailies e a interface carregada. Mas no fim, MapleStory continua sendo MapleStory. E isso já basta pra mim.