Faz pouco tempo que escrevi sobre Shadowverse: Worlds Beyond. Só faz alguns meses que estava naquela fase de amor à primeira vista com este card game free-to-play. Eu já tinha sido viciado em Hearthstone e, mais recentemente, substituí esse vício pelo Shadowverse: Worlds Beyond.
Jogava em qualquer lugar: deitado, no banheiro, fila do mercado… Estava completamente consumido pelo jogo e pensei que ficaria nele anos, assim como com Hearthstone. Mas, olha só, poucos meses se passaram e praticamente parei de jogar. Não porque o jogo caiu ou eu o odeie agora — longe disso, ele continua popular —, mas simplesmente porque enjoei.
O que Shadowverse: Worlds Beyond tem de bom?
A base do jogo é forte: partidas rápidas, animações bacanas e um sistema de recompensas generoso que prende fácil. A mecânica de evolução, as classes de líder e a estética anime dão um toque diferente. Parece Hearthstone, só que com estilo próprio.
O que cansou?
Depois do efeito novidade, alguns problemas apareceram. Missões diárias viraram rotina, quase tarefa chata, e eu usava o mesmo deck toda partida. Assim que o meta estabilizou, jogar com vários decks diferentes perdeu a graça. As estratégias no ranking começaram a se repetir e as partidas ficaram previsíveis.
Assista ao trailer oficial do jogo para conferir mais detalhes:
O que a expansão “Infinity Evolved” mudou?
Esperei que a primeira expansão, “Infinity Evolved”, trouxesse ânimo novo. Novas cartas significam experimentar e descobrir. Por um tempo, trouxe novidade, mas já na semana seguinte a comunidade decifrou as melhores estratégias. O ranking virou um desfile de espelhos, algo comum em jogos competitivos de cartas.
A monetização atrapalhou?
Vale destacar que o sistema de monetização não foi o problema pra mim. O jogo é pay-to-win, mas pagar não é obrigatório. Me mantive só com o passe premium. Contudo, o impulso para quem começa não dura; a progressão acaba ficando na caixinha diária gratuita e nas três missões diárias, o que vira um compromisso diário para não perder progresso. Isso ainda é divertido, mas o burnout estava chegando.
Como foi o fim da jornada?
Em uma semana, jogava horas todo dia, na outra, simplesmente parei. Não teve nenhuma briga ou motivo específico, foi mais um esfriamento gradual até perceber que não jogava há dias, aí desinstalei. Pronto, fim do ciclo.
Essa volta me fez lembrar porque larguei os jogos de cartas antes. Eles cansam rápido. Shadowverse: Worlds Beyond é um jogo bem feito e profundo, e ainda tem muitos fãs. Mas pra mim, a mágica acabou mais rápido que o esperado.
Uma nova expansão chamada “Heirs of the Omen” está chegando e parece legal, mas não acho que vou voltar a jogar. Mesmo assim, agradeço ao Shadowverse: Worlds Beyond por me lembrar o quanto jogos de cartas podem ser divertidos, mesmo que a viagem tenha sido curta.